Capítulo Doze - Continuação parte Final
- Lua – disse Sophia me abraçando apertado. Senti os braços de Mel também. - Soltei um soluço.
- Porque está doendo tanto? Era pra ser mais fácil – eu disse.
- Você deixou ele falar? – Mel perguntou.Fiz que não com a cabeça.
- Lua – disse Sophia exasperada.
- Dói – eu sussurrei. Estava me sentindo um lixo.
- Sabemos que dói. Mas quem sabe se ele fala-se,essa dor não ia diminuir – sugeriu Mel com uma voz meia falha.
- Não sei. Não quero saber. Agora eu sigo em frente,ele segue em frente. Fim – eu disse duramente.Me levantei, sequei as lágrimas, lavei meu rosto várias vezes. Arrumei meu cabelo.
- Acho que conseguimos entrar para a segunda aula – falei.Elas me olharam, pareciam querer falar alguma coisa.
- Lua, será que nós podemos falar com ele? – perguntou Sophia com a voz fininha.Pensei por um momento.
- Se faz diferença para vocês, tudo bem. Mas eu não vou querer saber nada – já avisei.
- Mas e se for tudo um mal entendido? – Mel disse.
- Não sei quando Juliana sussurrando no ouvido dele,na cama dele, no quarto dele pode ser um mal entendido – eu disse. Meus olhos se encheram de lágrimas ao lembrar.
Mas eu não vou mais chorar por Arthur. Pisquei um pouco pra cima, e engoli o choro.
- Vamos, ainda podemos entrar para a terceira. É só irmos na direção – eu disse.Saímos e fomos para a direção.
- Srtªs, vocês nunca se atrasaram assim! – disse a dona Merie.
- Eu sei, e sentimos muito. Mas eu estava com uns problemas, do coração – eu disse.
- Problemas do coração? – Merie parecia confusa. E então, fez uma cara de entendimento.
- Claro, aqui está o papel para vocês. - Pegamos e fomos para a frente da sala esperar bater o sinal. Dez minutos depois bateu e entramos. Senti olhares sobre mim,
inclusive de Arthur. Entregamos o papel para o professor e sentamos.Ignorei todas as tentativas de Arthur de falar comigo. Ele me mandou SMS, me ligou, mandou bilhete, mas eu só apagava,desligada e colocava fora. Não o olhei nem um segundo sequer.
- Estou indo pra casa – disse a Sophia e Mel – não vai dar pra fazer aquela seção de filmes de casais.Hoje, tínhamos marcado uma seção de filmes pros seis. Senti as lágrimas vindo.
- Lua.
- Não. Eu não quero ver ele. Pelo menos não agora.Bons filmes. - Quando sai de dentro da escola, vi Arthur segurando os pulsos de Juliana, ela sorria. Não consegui segurar o choro, corri dali o mais rápido possível.Quando cheguei em casa, me atirei na cama e chorei.Soluçava alto. Meu telefone tocou várias vezes, ele me ligava, mas o toquei na parede sem dó nem piedade.Porque gostar dele dói tanto?Depois de uma seção de choro, coloquei meu avental de trabalho e fui fazer as tarefas.Eu seria a mesma Lua de sempre. Que na acreditava em contos de fadas, nem em um príncipe chamado Arthur.
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